A formação da consciência histórica no ensino de História da África e da Cultura Afro-Brasileira

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar as narrativas que reforçou estereótipos acerca da população negra que, de certa forma, foram incorporadas ao sistema educacional brasileiro, fortalecendo o sistema racial brasileiro ao constituir um imaginário social que subalternizou a população negra. A partir disso, vemos como necessário compreender como se dá o entendimento e a utilidade do conhecimento sobre da história dos povos originários, uma vez que o conhecimento histórico não deve ser visto como uma coleção de eventos isolados, mas sim como uma compreensão mais profunda das experiências e contextos que moldaram as sociedades ao longo do tempo. Uma das figuras importantes mencionadas no artigo é o filósofo alemão Immanuel Kant, cujas obras tiveram um papel significativo no fortalecimento da ideia de supremacia e dominação europeia. Isso acabou influenciando vários campos de estudo, inclusive a educação. As narrativas produzidas por Kant contribuíram para a formação de um imaginário social que, em última instância, perpetuou o racismo. É essencial analisar criticamente essas narrativas históricas para entender como elas influenciaram a forma como os povos originários foram representados ao longo do tempo. Ao explorar Consciência Histórica de Jörn Rüsen, é possível entender como o racismo foi fortalecido no país, uma vez que essas narrativas foram incorporadas na sociedade, alimentando estereótipos prejudiciais da população negra. Ao examinar criticamente essas narrativas, podemos trabalhar para construir uma visão inclusiva da educação. Isso envolve reconhecer a importância do conhecimento sobre a História da África e da cultura afro-brasileira para garantir que suas vozes não sejam ouvidas.