De los monumentos de la barbarie a los monumentos de la liberación

Aspectos de las disputas por la memoria en la ciudad

Autores/as

Palabras clave:

Memoria, Territorio, Movimientos sociales, Monumento, Monumento de la barbarie

Resumen

Las disputas por la memoria se demarcan en todo momento en la ciudad y participan de una milenaria lucha contra el colonialismo. En este ensayo, recuperamos dos casos en São Paulo de estatuas ubicadas en esta disputa: el Gato Borba y el toro de oro de B3. Proponemos una ampliación del concepto de “monumento de la barbarie” para entender cómo las injusticias sociales se acumulan y se naturalizan en la ciudad. En oposición a la barbarie, introducimos el concepto de “monumento de la liberación” para representar las obras de las luchas populares, y presentamos el caso del Hospital M’boi Mirim, una conquista de las luchas en el sur de São Paulo. Los monumentos de liberación no son reconocidos como tales, pero pueden adquirir un nuevo significado a través del trabajo de memoria y transmisión. En forma de notas conclusivas, argumentamos que el trabajo científico puede contribuir a la desnaturalización de las formas de injusticia que se reproducen en la ciudad.

Biografía del autor/a

Pablo Pamplona, Universidade de São Paulo

Mestre e doutorando em Psicologia Social pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Pesquisador visitante do Heidelberg Center for Ibero-American Studies na Universidade de Heidelberg, Alemanha, com bolsa Capes-DAAD. Membro do Centro de Memória das Lutas Populares Ana Dias e do laboratório de Psicologia Social Crítica: Lutas Sociais, Memórias, Territórios.

Diego Plácido, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, diego_placido@outlook.com

Mestre e doutorando pelo programa de Pós-Graduação em Psicologia Social do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (2020/2022). Membro do Núcleo de Estudos para prevenção da AIDS (NEPAIS) e do laboratório de Psicologia Social Crítica: Lutas Sociais, Memórias, Territórios, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP).

Luis Galeão, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, luisgaleao@usp.br

Professor de Psicologia Social no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Participa dos Programas de Pós-Graduação em Psicologia Social (IPUSP) e Programa de Pós-graduação em Humanidades, Direitos e Outras Entidades Jurídicas (FFLCH - USP) e do Centro para o Estudo da Diversidade, Intolerância e Conflitos da USP (Diversitas). Doutorado em Psicologia (Psicologia Social) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Organizador do laboratório de Psicologia Social Crítica: Lutas Sociais, Memórias, Territórios. Atua em lutas por Direitos Humanos e associações periféricas em São Paulo, como o Fórum em Defesa da Vida.

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Publicado

2025-01-27

Cómo citar

Pamplona, P., Plácido, D., & Galeão, L. (2025). De los monumentos de la barbarie a los monumentos de la liberación: Aspectos de las disputas por la memoria en la ciudad. Revista Caliandra, 4(1), 89–106. Recuperado a partir de https://anpuhgoias.com.br/revista/index.php/caliandra/article/view/69