Pedras que falam

ancestralidade da ocupação do território goiano e territorialização indígena atual

Autores/as

  • Tamiris Maia Gonçalves Pereira Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil, tamirismaia_19@hotmail.com
  • Lorranne Gomes da Silva Universidade Estadual de Goiás, Cidade de Goiás, Goiás, Brasil, m.ossami@terra.com.br

Palabras clave:

Povos Indígenas atuais de Goiás, Histórico das pesquisas arqueológicas em Goiás, Arqueologia de Goiás

Resumen

O presente artigo tem por objetivo evidenciar a ancestralidade de ocupação humana no território goiano. Para isso serão destacadas as profundas relações existentes entre os povos indígenas e o ambiente do Cerrado, que por milênios se reconstroem e rearticulam suas relações interétnicas e espaciais com diferentes grupos socioculturais, fauna e flora local. O levantamento bibliográfico é a base metodológica dessa análise, sobretudo, no que tane as pesquisas arqueológicas que corroboraram com esses dados, desde a década de 1970, para a compreensão da ancestralidade e complexidade de ocupação humana em Goiás. Por fim, a discussão apresenta os povos atuais que vivem em Terras Indígenas em Goiás como prováveis descendentes de povos do Cerrado do passado.

Biografía del autor/a

Tamiris Maia Gonçalves Pereira, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil, tamirismaia_19@hotmail.com

Doutora em História pela Universidade Federal de Goiás - UFG. Mestre em História pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Especialista em História Cultural pela Universidade Federal de Goiás – UFG. Bacharel em Arqueologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás e Licenciada em História pela Universidade Estácio de Sá.

Lorranne Gomes da Silva, Universidade Estadual de Goiás, Cidade de Goiás, Goiás, Brasil, m.ossami@terra.com.br

Professora Titular da Universidade Estadual de Goiás, Campus Cora Coralina do curso e mestrado em Geografia (PPGEO). É doutora em Geografia pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Instituto de Estudos Socioambientais (IESA, 2016).

Citas

BARBOSA, Altair Sales. Introdução. Andarilhos da claridade: os primeiros habitantes do Cerrado. Goiânia: Universidade Católica de Goiás. Instituto do Trópico Subúmido, 2002, p. 36-64.

BARBOSA, Altair Sales; SCHMITZ Pedro Ignácio; Antônio NETO, Teixeira; GOMES Horieste. O piar da Juriti pequena: narrativa ecológica da ocupação humana do Cerrado. Goiânia: PUC - Goiás, 2014.

BARRETO, Mauro Vianna. Abordando o passado: uma introdução à arqueologia. Belém: Paka-tatu, 2010.

BUENO, Lucas; DIAS, Adriana. Povoamento inicial da América do Sul: contribuições do contexto brasileiro, Estudos Avançados, v. 29, n. 83, 2015, p. 119-147.

BORGES, Mônica Veloso. O estudo do Avá: relato e reflexões sobre a análise de uma língua ameaçada de extinção. Revista Liames, Campinas, n. 2, p. 85-104, 2006.

FUNAI. Terras Indígenas no Brasil (2018). Disponível em: <http://www.funai.gov.br/>. Acesso: 17 de junho de 2021.

INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL (ISA, 2015). Disponível em: <https://www.socioambiental.org/pt-br>. Acesso: 18.05.2021.

LIMA, Sélvia Carneiro de. Os Karajá de Aruanã-GO e os Tori: O Cerrado goiano em disputa. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, 2010.

MELLO, Paulo Jobim de Campos; VIANA, Sibeli Aparecida. Breve Histórico da Arqueologia de Goiás. In: MOURA, Marlene Castro Ossami de (Coord.). Índios de Goiás: uma perspectiva histórico cultural. Goiânia: Ed. da UCG/Ed. Vieira/ Ed. Kelps, 2006, p. 17-50.

MOURA, Marlene Castro Ossami de. Aldeamento Carretão: “marco zero” da história das relações interétnicas dos Tapuios. Revista Dimensões. v. 18. Editora do Programa de Pós-Graduação em História (PPGHIS) e do Núcleo de Pesquisa e Informação Histórica (NPIH) da Universidade Federal do Espírito Santo, 2006. Disponível em: <http://www.ufes.br/ppghis/dimensoes.2006>.

NAZARENO, Elias. História, tempo e lugar entre o povo indígena Bero Biawa Mahãdu (Javaé): a partir da interculturalidade crítica, da decolonialidade e do enfoque enativo. Direitos humanos e pluriversalidade: conexões temáticas. Curitiba: Editora Prismas Ltda., 2017, p.85-118.

OLIVEIRA, Jorge Eremites de; VIANA, Sibeli Aparecida. O centro-oeste antes de Cabral, Revista USP, São Paulo, n. 44, p. 142-189, dez./fev., 1999-2000.

OLIVEIRA, R. Cardoso de. O trabalho do antropólogo: olhar, ouvir, escrever. 2ª ed. Brasília: Paralelo 15; São Paulo: Editora UNESP, p. 17-35, 2000.

PEREIRA, T. M. G. (2020). Saberes e Fazeres Javaé: estudo das práticas tradicionais alimentares indígenas, da década de 1990 a 2020. Tese (Doutorado em História) - Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia.

RODRIGUES, Aryon Dall'lgna. Línguas brasileiras para o conhecimento das línguas indígenas. São Paulo: Loyola, 1985/1984.

RODRIGUES, Aryon Dall'lgna. "Macro-Jê". In R. M. W. Dixon and Alexandra Y. Aikhenvald (eds.), The Amazonian Languages. Cambridge Language Surveys. Cambridge: Cambridge University Press, 1999.

SALERA JÚNIOR, Giovanni; MALVASIO, Adriana; GIRALDIN, Odair. Relações cordiais. Ciência Hoje, n. 39, v. 226, p. 61-63, 2006.

SESAI. Secretaria Especial de Saúde Indígena. Dados locais, não publicados, 2016.

SCHMITZ, Pedro Ignacio. Caçadores antigos no sudeste de Goiás, Brasil. Estudios Atacameños, n. 8, p. 17-37, 1987.

SILVA, Lorranne Gomes da. A luta pela terra, a luta pela vida: a interveniência das Políticas Públicas no Território do Povo Indígena Tapuia em Goiás, Ateliê Geográfico, Goiânia, v. 7, n. 3, 2013, p.164-187.

SILVA, Lorranne Gomes da. Singrar rios, morar em cavernas e furar jatoká: ressignificações culturais, socioespaciais e espaços de aprendizagens da família Avá-Canoeiro do Rio Tocantins. Tese (Doutorado em Geografia). Instituto de Estudo Socioambientais – UFG, Universidade Federal de Goiás. Goiânia, 2016.

SILVA, Lorranne, LIMA, Sélvia; SOUZA, Edevaldo. Povos Karajá, Tapuio E Avá-Canoeiro: Desafios De (Re)Existência. Revista. Temporis[ação]. ISSN 2317-5516. v.18, n.1, jan./jun. p. 146-171, 2018.

SILVA, Lorranne.; LIMA, Sélvia.; NAZARENO, Elias. A importância da educação escolar indígena para o povo Tapuia, Goiás, Brasil: desafios e perspectivas. Élisée - Revista de Geografia da UEG, v. 9, n. 2, p. e922017, 7 set. 2020.

SILVA, Cristian Teófilo. Cativando Maira: a sobrevivência Avá-Canoeiro no Alto Rio Tocantins. Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Universidade de Brasília (UNB), Brasília, 2005.

SMITH, Linda Tuhiwai. A descolonizar las metodologias: investigación y pueblos indígenas. Tradução de Kathryn Lehman. 1ª edição. Santiago: Lom ediciones, 2016.

SOUZA, Alfredo Mendonça de. Dicionário Arqueológico. Rio de Janeiro: ADESA – Associação de Docentes da Estácio de Sá, 1997.

TORAL, André Amaral de. A Pintura corporal Karajá contemporânea. In: VIDAL, L. (Org.). Grafismo indígena. São Paulo: Edusp: Nobel, p. 191-208, 1992.

TORAL, André Amaral de. Situação e perspectiva de sobrevivência dos Avá-Canoeiro. Rio de Janeiro: PPGAS/MN/UFRJ, 1984.

WÜST, Irmhild. A cerâmica Carajá de Aruanã. Anuário de Divulgação Científica, Goiânia, v. 2, n.2, p. 96 - 165, jun., 1975.

Publicado

2021-09-20

Cómo citar

Pereira, T. M. G. ., & Silva, L. G. da . (2021). Pedras que falam: ancestralidade da ocupação do território goiano e territorialização indígena atual. Revista Caliandra, 1(Especial), 14–29. Recuperado a partir de https://anpuhgoias.com.br/revista/index.php/caliandra/article/view/5