POLÍTICOS EM CENA
O TEATRO COMO MANIFESTAÇÃO POLÍTICA NO BRASIL REGENCIAL (1831-1840)
Resumo
Este trabalho tem por objetivo discutir sobre a importância do teatro no cenário político e cultural do Brasil Imperial, com ênfase no período das Regências. Diante do vácuo de poder que se estabeleceu após a abdicação de Dom Pedro I (1831), o teatro, que já havia se popularizado na Corte desde 1808, ganha um novo papel: de propagandear o patriotismo e justificar a mudança de poder ocorrida. Desta forma, o teatro, que já era um ambiente de celebrações políticas e de socialização para a sociedade luso-brasileira, torna-se também um mecanismo governamental para emitir mensagens favoráveis ao governo e críticas ao ex-imperador e aos grupos opositores. Ao compreender as casas de espetáculos e as peças teatrais como ambientes politizados, a pesquisa utiliza-se dos arcabouços do conceito de representação, cunhado por Roger Chartier, e da definição de
teatro como espaço de discussão e disputa política, cultural e social, apresentado por Décio Prado. Assim, buscamos analisar como a encenação de temas caros àquele tempo tinha o poder de influenciar a opinião pública, atacar adversários políticos e dar novos significados a situações ocorridas.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 REPOSITÓRIO DE ANAIS DA ANPUH-GO
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
A Revista Caliandra utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.