A ABORDAGEM DA HISTÓRIA PELA VIA DO CINEMA, SUA LINGUAGEM FÍLMICA E A INTENCIONALIDADE DA (DES)INFORMAÇÃO
Resumo
Há muito tempo é percebida a necessidade de se elaborar um conjunto de suportes áudio visuais sob o ângulo da teoria cinema-história uma vez que exigem uma investigação da problemática teórica e empírica da relação cinema-história. Utilizar cinema como forma de abordar um tema histórico específico nos implica em diferenciar o formato do filme com o formato do documentário. O documentário foi feito para informar de forma factual, já o filme de cinema assim como uma série, foi feito para ser um produto do entretenimento a ser consumido como mercadoria, gerar lucro, e não para ser um referencial de informações de um passado histórico exposto de maneira científica, precisa e realista. Segundo o historiador francês Marc Ferro, a oposição tradicional criada entre a “ficção e o documento podem ser julgados tão artificial quanto a que opõe o escrito e a imagem, ou inclusive o sonoro ao mudo, da política ao jornal noticiário, e de sua representação e seu comentário, do real e da ficção”. Temos como objetivo problematizar a apropriação do tempo de descanso pelo capital feita pela via do cinema. Como resultado, podemos perceber que, hoje na modernidade líquida do capitalismo para citar Zygmunt Bauman, o capital que de tudo se apropria estandardizou o tempo do “descanso”, criando assim uma indústria própria para o tempo de ócio do trabalhador num paradoxo em que fora do trabalho você ainda está dentro da lógica do capital.
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