AS IDEIAS POLÍTICAS NA OBRA FICCIONAL DE J. R. R. TOLKIEN (1917- 1949)
DECADÊNCIA, DESENCANTO, TRAGÉDIA, AMEAÇA
Resumen
J. R. R. Tolkien (1892-1973) é um dos exemplos da complexidade do pensamento ficcional europeu da primeira metade do século XX. Sua mitologia, ao contrário do que muitos críticos dizem, representa muito mais do que “escapismo” ou “alienação”. Os temas recorrentes em suas narrativas – decadência, desencanto, tragédia e ameaça – são um retrato de sua época e, sobretudo, uma crítica aguda e conservadora ao mundo moderno, e às pretensões racionalistas que o geraram. Simultaneamente, a obra que Tolkien produziu entre 1917 e 1949 é fruto desse mesmo mundo, ao ser redigida em um gênero tipicamente moderno – o romance. De posse desse material e a partir de textos teóricos da História das Ideias – de onde obteremos as definições para os conceitos de conservadorismo, liberdade e progresso; bem como dos estudos contemporâneos acerca das ambivalências da modernidade e da dialética da razão iluminista; e também da teoria
literária – dos quais apreenderemos as noções de romance e de literatura fantástica; nos propomos a estudar que, com seus escritos, Tolkien quis mostrar, em termos literários, que o projeto iluminista possuía, em si mesmo, o germe de sua própria destruição.
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