SABER-SER DOCENTE NA TELA E AS MEMÓRIAS DE UMA TRAVESSIA
A AUSÊNCIA DO CORPO E A PRODUÇÃO DE PRESENÇA NO ENSINO DE HISTÓRIA EM CONTEXTO EDUCACIONAL REMOTO
Abstract
Esse trabalho se ocupou em examinar os significados da ausência do corpo para o saberfazer docente no ensino remoto de História. No acervo de desafios educacionais identificados e experienciados no contexto da pandemia de coronavírus, encontra-se, em específico na área de História, o de entender como a interface digitalizada de ensino impactou na construção do conhecimento histórico escolar, e de como essa experiência repercutiu na prática docente. Nesse sentido, buscou-se compreender, por meio dos trabalhos das memórias (entrevistas), como um grupo de professores/as de história, entre 2020 e 2021 (com experiências em instituições distintas na cidade de Feira de Santana-BA), viveu e percebeu seu trabalho cotidiano num cenário de aulas síncronas, marcado por demandas estruturais e uma sobreposição de crises sociais. Essa pesquisa recorreu aos procedimentos metodológicos da História Oral com Yara Khouri e Cléria Botelho, e a um arco teórico das áreas de história e educação com Maurice Tardif, Durval Muniz de Albuquerque e Ulrich Gumbrecht, tendo como resultado a apreensão
de significados complexos e contraditórios sobre o saber-ser docente de história no contexto pandêmico.
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