GOIÂNIA E O HIGIENISMO EUGÊNICO
DISCURSO E INSTITUCIONALIZAÇÃO
Résumé
O presente artigo tem por objeto a investigação quanto a origem e propagação das ideias eugenistas ao longo do século XIX e primeira metade do século XX. Há aqui uma preocupação em situar a propagação do movimento e sua inserção nos debates dos círculos intelectuais brasileiros, para que se possa compreender a sua apropriação pelo projeto de consolidação do estado nacional que ganhava impulso década de 1930. Assim, a construção do texto se volta à inserção e recepção do eugenismo entre a intelectualidade médica, e a disputa pela preponderância entre as diversas correntes eugênicas racistas, com o descarte das visões radicais que pregavam aprimoramento da humanidade através da esterilização dos “inadequados”, e a não mistura de raças diversas. Procuramos então compreender como a eugenia, uma ciência biológica, passou a se imiscuir nas questões de ordem social, lançando propostas que “garantiriam” a superação do atraso e conquista da civilidade. Sua preocupação com a saúde física e mental da população e, portanto, preocupações sanitárias e higiênicas. Como essas ideias foram absorvidas pelas formulações político-sanitárias do Estado e se constituíram em estratégias de poder no Governo Vargas e a apropriação e institucionalização desse discurso em Goiás. A institucionalização é avaliada a partir do projeto arquitetônico da cidade de Goiânia e a construção do Leprosário Colônia Santa Marta, edificação do Preventório Afrânio de Azevedo e do Hospital Psiquiátrico Professor Adauto Botelho.
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