QUILOMBO MESQUITA
TERRITORIALIZAÇÃO E RESISTÊNCIA ÉTNICA
Resumen
Este texto é resultado de uma pesquisa sobre o processo de territorialização da Comunidade Quilombola Mesquita, situada no município de Cidade Ocidental, em Goiás, e suas práticas, saberes e fazeres na manutenção de sua cultura, em especial na produção do marmelo e da marmelada, tomada como um dos vetores de constituição da identidade étnica do grupo. Movidos pelos desejos de liberdade e autonomia, africanos e afrodescendentes que foram submetidos à escravidão nas minas de ouro em Goiás e em outras regiões brasileiras, refugiaram-se nas matas onde se situa hoje a comunidade, lugar onde formaram o Quilombo Mesquita. Após a abolição da escravidão e da escassez do ouro, grande parte do contingente populacional de brancos migrou para regiões litorâneas do Brasil e deixaram muitas das propriedades rurais abandonadas, o que representou, para os quilombolas, a chance de conquistarem a sua autonomia, que historicamente tem sido marcada por inúmeras intempéries, dado os valores negativos atribuídos pelos brancos burgueses – monopolizadores do poder do estado e da economia – aos traços fenotípicos e às peculiaridades culturais dos não brancos, empurrando-os à condição de vulneráveis,
minorizados e subalternizados, portanto sem direito de terem direitos.
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