A HISTÓRIA PÚBLICA E O PÚBLICO NACIONAL
O CASO DOS TEXTOS E DOS LIVROS COMO CONSTRUTORES DE BRASILIDADE
Abstract
Esta comunicação refere-se a uma conjuntura específica da história republicana brasileira, os anos 1940, 1950 e 1960, refletindo sobre o processo de elaboração de uma cultura nacional. Utilizo textos e imagens, onde o texto é tomado como livro, indo além da dimensão textual, indo até sua dimensão de publicação. Desde os anos 1930, a indústria livreira do país sofreu um forte aquecimento, devido a fatores como, urbanização e industrialização, aumento da massa de alfabetizados leitores, grande incremento de uma cultura da visualidade e um movimento onipresente pela construção de uma identidade nacional. O desenvolvimento de cursos de humanidades passa a interpretar o Brasil, uma indústria editorial pujante (livros, revistas, jornais), uma indústria do som e da imagem (rádio, museus e galerias de exposição, e depois tevê), implantam uma cultura de massas, auxiliando a harmonizar as regiões brasileiras como regiões culturais, escritas, desenhadas e sonorizadas, difundidas numa pedagogia da nacionalidade, favorecendo a construção de um brasileiro nacional, de um público nacional. Escritores literários e ilustradores de livros diversos todos serão considerados como criadores do território e da alma brasileira, criando e divulgando uma cultura da brasilidade, que ainda hoje exerce forte papel na representação que a maioria dos brasileiros fazem de si e do país.
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