Revista Caliandra

Metateoria historiográfica

Giovana Eloá Mantovani Mulza — 2023-08-08

Fundamentados em A. Lovejoy (2000), J. G. Pocock (2003) e Quentin Skinner (1996; 2000), podemos afirmar que a História das Ideias constitui um campo de estudo consolidado. Situada entre a história da filosofia e a história das mentalidades, a História das Ideias também adquire espaço cada vez mais significativo na historiografia brasileira. Embora consolidado, no entanto, o campo não permanece isento de antagonismos e disputas. O presente trabalho visa adentrar nas discussões teórico-metodológicas sobre a escrita da História das Ideias, realizando um levantamento bibliográfico acerca das principais correntes que a permeiam.

Apresentação

Cristiano Nicolini — 2023-08-08

Estágio supervisionado em história e o ensino remoto

Teófilo Primo — 2023-08-08

Este artigo tem como objetivo deslindar sobre as tensões e os percalços de um estudante do ensino básico da rede particular do interior do Ceará, junto a sua família, frente à realidade do ensino remoto adotado durante a pandemia do novo coronavírus. Trata-se de um estudado qualitativo, semiestruturado, no qual foram realizadas duas entrevistas, uma com o estudante do 3° ano do ensino fundamental da rede particular e a outra com o seu núcleo familiar, sendo este representado por sua mãe. As entrevistas foram realizadas na cidade de Crato, Ceará, 2020. O estudo se deu através da experiência do Estágio Supervisionado em História. Os resultados revelam que o ensino remoto não atingiu todas as escolas, a experiência nesse artigo revela que a instituição escolar utilizou o “visto remoto” sistema baseado na troca de fotos das atividades escolares. Por fim, a sobrecarga da mãe com as atividades domésticas, cuidado com a prole e educação, a falta de preparo dos professores, a falta de planejamento escolar referente ao ensino remoto e a demora na tomada de decisões por parte do Estado relacionado às diretrizes educacionais corroborou para uma aprendizagem não satisfatória do estudante.

O estágio supervisionado no ensino fundamental

Francisca Cibele da Silva Gomes — 2023-08-08

O presente artigo tem como objeto de estudo o trabalho metodológico e didático desenvolvido nas aulas de história de um estágio supervisionado na Escola Estadual Matias Olímpio, em Barras-PI. Como objetivo geral analisar o desenvolvimento das aulas em uma perspectiva de interação do aluno com o trabalho didático. Utilizou-se como metodológico a pesquisa bibliográfica e descritiva das aulas vivências no períodos.

“Quebrando” a cabeça

Lucília Maria Santiso Dieguez — 2023-08-08

O artigo apresenta um projeto desenvolvido na rede básica de ensino do Rio de Janeiro, sob a temática da História Indígena. Tomando como base inicial a discussão do termo “índio”, calcado no período colonial e discutido a partir da variedade de grupos indígenas demonstrada por Jecupé (2020), a tarefa propôs a confecção de um jogo de quebra-cabeça, pelos alunos, cujo tema foi povos originários. Intencionando a averiguação da aprendizagem histórica dos educandos, partindo da desconstrução de um estereótipo do indígena que fora sedimentado pelo colonialismo europeu (OLIVEIRA; OLIVEIRA, 2019), o jogo foi apresentado na culminância de História

Desafios e contribuições do rap para uma prática docente plural e decolonial em História

Matheus dos Santos Martins — 2023-08-08

As narrativas dos grupos colonizados são invisibilizadas na sala de aula de História, ou ainda que propagadas, partem do ponto de vista do colonizador. Isto é, a colonialidade atinge os grupos minoritários e impossibilita o protagonismo de suas produções de conhecimento. Em virtude destas condições, este artigo pretende estabelecer uma breve discussão sobre os desafios do Ensino de História para superação deste processo de invisibilização das minorias a partir do trabalho com fontes alternativas para a construção do conhecimento histórico em sala de aula.

Panorama sobre escola pública como patrimônio imaterial

Diogo de Assis Moreira — 2023-08-08

Este artigo de revisão é um recorte de uma monografia intitulada: “Escola Pública como Patrimônio Imaterial” (MOREIRA, 2021). Este trabalho tenciona revelar de maneira mais objetiva e específica a caracterização, e a noção de escola pública como patrimônio de natureza imaterial. Ou seja, uma proposta cheia de originalidade em conceber um novo panorama de compreensão e interpretação das escolas públicas. Não apenas, é importante assinalar a questão do como atribuir valor e reconhecimento da escola pública como patrimônio imaterial em um mundo ditado por processos ideológicos e hegemônicos da “globalização da perversidade” (SANTOS, 2001). A pesquisa foi em caráter qualitativo e se deu por intermédio de levantamento bibliográfico, no intuito de melhor clarificar o tema. Desse modo, o cerne deste trabalho foi o de explicitar as heranças culturais e intelectuais também produzidas dentro deste espaço memorável, a escola, como algo digno de reconhecimento e proteção em sua totalidade. Destacando que o reconhecimento almejado não será alcançado de forma simples, pois ficou claro que os estudos até o momento são insuficientes para teorizar e apresentar soluções eficazes. No entanto, essa simples ideia pode ser o prelúdio de um melhor caminho na senda desse conhecimento.

Dinâmica protagonismos

Felipe Rios Pereira — 2023-08-08

O presente artigo tem como fim apresentar as atividades desenvolvidas pelo grupo de pesquisa “Povo de Clio”, projeto institucional da Universidade Federal de Santa Maria, junto a escola Maria Rocha da cidade de Santa Maria/RS. A oficina em questão foi trabalhada na perspectiva de valorizar as narrativas de vida de estudantes e professores, criando espaços de escuta e diálogo em relação às trajetórias dos envolvidos. Ao longo do texto é demonstrado todo o processo de aplicação da atividade, com o foco na perspectiva (auto)biográfica, evidenciando desde o processo de criação, de execução e de resultados da experiência. A atividade foi dividida em níveis, com círculos nos quais os estudantes avançavam respondendo perguntas e, a cada passagem, a complexidade e o grau de envolvimento pessoal das perguntas aumentavam. O conceito foi de que, através da experiência, os participantes pudessem explanar momentos de sua existência, dialogar com o grande grupo e melhor compreender situações felizes e difíceis os quais tiveram envolvidos. Colocamos assim como grande discussão da pesquisa a possibilidade de, através de intervenções como a oficina, qualificar o espaço escolar com espaços de escuta e diálogo das trajetórias, valorizando o aluno como sujeito histórico e social.

Gênero, ensino de história e historiografia

Raquel Costa Antas — 2023-08-08

O presente artigo objetiva apresentar um debate sobre a perspectiva de gênero no ensino de história, a partir da história cultural. Dessa forma, foi dividido em três tópicos com o intuito de procurar compreender a expansão dos estudos de gênero na disciplina história, apresentando discussões no âmbito educacional. Conceitos como cultura histórica, consciência histórica e memória são apresentados como questões relevantes para o ensino de história, a partir de autores como Jörn Rüsen e Joel Candau. Debates sobre currículo, compreendido enquanto prática e teoria, também são apresentados. O trabalho conclui que, apesar da sua relevância, o campo de estudos de gênero ainda é incipiente no ensino de história.

Escola e memória

Andressa Lima — 2023-08-08

O presente estudo pretende investigar a relação do Centro Educacional de Barra do Choça com a cidade de Barra do Choça. O embasamento teórico apoia-se nas contribuições de Pierre Nora (1993) sobre os lugares de memória buscando construir um estudo sobre a referida escola, apresentando a sua relação com a cidade a partir da memória de sujeitos que frequentaram esse espaço. Desta forma, identificamos que os fragmentos da memória evocam lembranças em um esforço de referência ao passado (CARVALHO, 2011). Para isso, foram enviados pelo WhatsApp questionários para pessoas que moram na cidade. Constatamos a carência de promover mais atividades culturais desenvolvidas no próprio cotidiano da escola, as quais contribuem para a formação do educando.

A formação da consciência histórica no ensino de História da África e da Cultura Afro-Brasileira

Eduarda Sousa Fideles — 2023-08-08

O presente artigo tem como objetivo analisar as narrativas que reforçou estereótipos acerca da população negra que, de certa forma, foram incorporadas ao sistema educacional brasileiro, fortalecendo o sistema racial brasileiro ao constituir um imaginário social que subalternizou a população negra. A partir disso, vemos como necessário compreender como se dá o entendimento e a utilidade do conhecimento sobre da história dos povos originários, uma vez que o conhecimento histórico não deve ser visto como uma coleção de eventos isolados, mas sim como uma compreensão mais profunda das experiências e contextos que moldaram as sociedades ao longo do tempo. Uma das figuras importantes mencionadas no artigo é o filósofo alemão Immanuel Kant, cujas obras tiveram um papel significativo no fortalecimento da ideia de supremacia e dominação europeia. Isso acabou influenciando vários campos de estudo, inclusive a educação. As narrativas produzidas por Kant contribuíram para a formação de um imaginário social que, em última instância, perpetuou o racismo. É essencial analisar criticamente essas narrativas históricas para entender como elas influenciaram a forma como os povos originários foram representados ao longo do tempo. Ao explorar Consciência Histórica de Jörn Rüsen, é possível entender como o racismo foi fortalecido no país, uma vez que essas narrativas foram incorporadas na sociedade, alimentando estereótipos prejudiciais da população negra. Ao examinar criticamente essas narrativas, podemos trabalhar para construir uma visão inclusiva da educação. Isso envolve reconhecer a importância do conhecimento sobre a História da África e da cultura afro-brasileira para garantir que suas vozes não sejam ouvidas.

Motivação

Maria Luísa Medeiros — 2023-08-08

Vidro

Luiz Eduardo Barbosa Gonçalves — 2023-08-08

Texto literário