IGREJA DE NOSSA SENHORA DA BOA MORTE DA CIDADE DE GOIÁS

DO ESPAÇO SAGRADO A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO DE MEMÓRIAS

Resumo

A partir da década de 1940 na Cidade de Goiás, antiga capital do estado, houve por parte da Diocese local, agentes dos órgãos patrimoniais e cidadãos vilaboenses2, junto ao DPHAN (Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional); grande mobilização, culminando no processo de tombamento e musealização da Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, que passou
a resguardar valioso acervo em imagens e utensílios sacros - cristãos, edificada Museu de Arte Sacra em1969. O objetivo deste trabalho foi analisar e compreender nesta dinâmica, as referências culturais, simbólicas e estéticas apropriadas pela igreja (Diocese) e comunidade local, em função do tombamento e musealização da referida igreja. Como recurso metodológico, foi analisado de início, o contexto histórico da construção da igreja, a vivência das práticas culturais religiosas vividas em torno do seu espaço, como também, o processo de tombamento e musealização. Seguidamente, houve pesquisa, levantamento e análise de dados por meios de ofícios, decretos de instalação, pareceres, catálogos de acervos, análises de fontes imagéticas e referências bibliográficas. Esta pesquisa, resultou na identificação de um espaço sagrado (a igreja), transformado em um espaço de memórias (o museu) que a partir dos elementos materiais e imateriais identificados no processo de tombamento e musealização, foi edificado Patrimônio Cultural, representativo da memória histórica, cultural e religiosa da Cidade de Goiás. Evidenciando assim, os diálogos e relações entre patrimônio, museologia, arte sacra e religião.