UMA HISTÓRIA PÚBLICA DA UMBANDA
A QUEM SERVIU (E AINDA SERVE) O MITO FUNDADOR SOBRE A ORIGEM DESSA RELIGIÃO?
Resumo
A História e suas inúmeras possibilidades apresentam-se como um campo de disputas: seja de poder, de hegemonia, de ideais e de narrativas. É justamente a disputa de narrativas que tem permeado o que podemos denominar como a história da Umbanda no Brasil, mais especificamente, o seu contexto originário em torno do qual pairam, de um lado, o ‘mito fundador’ como diversos autores definem e, no sentido inverso, as contra narrativas que, muitas vezes, têm sido ignoradas nas produções historiográficas destinadas ao grande público. Visando trazer à luz da história pública tal embate narrativo, este trabalho tratará da dicotomia entre Zélio – o ícone do ‘mito fundador’ – e versus narrativas afro centradas cujas memórias foram abafadas e as vozes silenciadas. No intuito de realizar essa abordagem, alguns autores que defendem a centralidade de
Zélio como o fundador da Umbanda terão suas obras revisadas e discutidas em contraponto com as produções que atestam exatamente o inverso. Deseja-se que essa discussão venha a gerar reflexões que entrecruzem religiosidade, com questões étnicoraciais em nosso país a partir da perspectiva do campo historiográfico conhecido como História Pública.
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